quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Happy Birthday XC!


2 ANOS DE XODÓZINHA COLORFUL!! YOUPIIIIIIIII #TODOSGRITA
OK, resolvi dar um tempinho desse bla bla bla melancólico e romântico de sempre e comemorar um pouco afinal, o blog faz 2 anos e realmente eu não esperava que fosse durar tanto assim e muito menos que tantas pessoas apareceriam por aqui.
Bom, vamos aos fatos preciso desabafar kkk
Pra mim é muito, muito importante essa data porque, inicialmente esse blog não tinha nenhum interesse em se tornar público, seria pessoal. Bem....eu não consegui esconder por muito tempo e por mais incrivel que possa parecer algumas pessoas gostam do que escrevo. Sinceramente não acho que levo jeito pra isso. Não que literatura não seja minha paixão mas, tudo que escrevo não é pensando em algo como uma narrativa conforme a lingua portuguesa ou pensando na aceitação das pessoas, são apenas o que sinto e ver que algumas pessoas se indentificam e elogiam é muito importante pra mim. Por muitas, muitas vezes quis abandonar esse blog, já sumi por muito tempo, mas aqui, nessas páginas virtuais está escrita minha vida dos ultimos dois anos. Confesso que existem mais rascunhos não terminados do que posts mas, mesmo assim, de alguma forma, não consigo me desfazer disto. Então, quem me acompanha desde o inicio ou que começou agora eu agradeço por fazer parte disso porque este lugar é um refúgio pra mim. Escrever é uma terapia.
Então, obrigada por me aturarem por esse tempo e bom, vocês vão ter que me engolir mais ainda, porque não vou abandonar aqui :D

Se quiserem mandar presente e tals eu agradeço e pá kk ok, chega

Beijos, Dani :*
A Day to remember - if it means a lot to you ♫


domingo, 18 de dezembro de 2011

Depois que a chuva passa... (Post it)



Sei que já se passaram alguns anos desde nossa despedida. Sei também que você tocou sua vida e que finalmente estava resolvendo seus problemas. Mas acho que mesmo que tenha passado tanto tempo, nunca é tarde demais pra dizer coisas que não foram ditas antes. Eu sei que você se lembra de mim, sei que marquei sua vida tanto quanto você marcou a minha, mas aconteceu o que eu nunca pensei que aconteceria. Não com você. O tempo nos separou. Nossas vidas foram tomando rumos diferentes e quando nos demos conta, já nem nos falávamos mais. E foi assim, com você apenas vivendo na minha memória, e esse carinho que nunca se acaba que eu segui. Nunca senti tanto a falta de alguém como sinto de você e nunca me senti tão impotente por não conseguir mudar absolutamente nada. E mesmo assim, à anos sem te ver, sem conversar, sem emprestar meu sorriso à ti eu nunca te esqueci. Jamais te esqueceria. Minha vida mudou, realizei alguns dos meus inúmeros planos, mudei de idéia várias vezes, e errei mais ainda, me apaixonei, cortei o cabelo, terminei a escola, comecei a trabalhar naquilo que mais odeio pra poder pagar a faculdade de psicologia e hoje estou aqui. Realizei muitos dos meus sonhos e até fiz outras coisas de que não tinha planejado. Sorri muitas vezes, descobri o significado da frase “aproveitar o dia” e também da palavra “saudade” pois o pior foi não ter você ao meu lado pra poder compartilhar tudo isso. Você não estava lá… e doeu. Confesso que me decepcionei no início mas depois de tantas perdas, já me acostumei com despedidas. Hoje eu nem ao menos sei como você está, onde mora, o que está fazendo… mas eu queria lembrá-lo que quando éramos EU e VOCÊ eu não precisava de mais nada pra ser feliz. Você marcou a minha vida como nenhuma outra pessoa fez, me ensinou coisas que nenhuma faculdade ousaria me ensinar, me deu conselhos que nem minha própria mãe daria…. Você foi um amigo, um irmão e até mesmo um pai nos meus momentos de fraqueza. Eu agradeço por um dia ter te conhecido e nem que tenha sido por pouco tempo, ter você ao meu lado. E agora, depois de muitos anos, mesmo que você nunca leia isso eu queria dizer que ainda te amo e sinto sua falta e que nunca, nunca ousaria te apagar da memória. Obrigada por me fazer feliz por esse tempo, espero que esteja bem.

Com carinho, Daniela Siqueira

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Any Other World



Em algum lugar do mundo, talvez eu possa fazer a diferença. Talvez eu possa ser alguém importante que traga o riso à todos.
Em algum  outro lugar, talvez eu saiba voar e passe a enxergar o mundo de uma forma mais bonita.
Talvez neste lugar exista uma lei que não deixe ninguém abandonar ninguém. Talvez eu até fique bem o tempo todo.Em algum outro lugar, longe daqui, talvez os dias pareçam mais convidativos e as noites mais alegres. Talvez neste lugar não exista lágrimas que não sejam de felicidade, nem dor e nem decepção.
Talvez neste lugar imaginar seja mais fácil. E as pessoas respirem bom humor. Talvez as piadas sejam mais engraçadas.
Em algum lugar do mundo, talvez não exista medo nem insegurança. 
Em outro lugar, talvez o café seja mais fresco, o chocolate mais doce e os abraços mais apertados.
Talvez neste lugar a música esteja presente em todos os lares, todos saibam dançar e tudo seja arte!Em algum lugar talvez as pessoas fossem mais bondosas. Os amores recíprocos, as crianças inocentes e os velhinhos apenas bons velhinhos.
Em algum lugar longe daqui, talvez o céu seja mais azul e a grama mais verde. Os olhos mais brilhantes e o ar com cheiro de flores.
Talvez neste lugar o respeito seria mútuo e ninguém seria julgado.


Talvez esse lugar exista, pode estar mais perto do que você imagina porque esse lugar está dentro de você.

Beijos, Dani :*
inspiração: Mika - any other world ♪

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tirei Férias de Mim.



Tirei férias de mim, fugi dos meus pensamentos, corri da minha alma. É estranho alguém querer férias de si mesmo?
Nesse tempo avaliando meus atos, repensando tudo que já fiz cheguei à avaliar minhas mudanças bruscas de humor durante todo o ano. Esse foi o ano com mais altos e baixos que já vivenciei. O mais confuso. Nunca mudei tanto de humor. Nunca sofri tantas mini "explosões" de raiva abafadas pelo travesseiro, ou gritos misturados à choros de desespero.
"Tudo bem". Foi a mentira mais contada. Não me importava se as pessoas acreditavam ou não. Eu estava sempre bem. "Tá bem mesmo?" ok, boa oportunidade pra confessar que passei a noite em claro. As bolsas embaixo dos meus olhos mostravam que tinha chorado à noite. Passava um tempão me maquiando tentando escondê-las e às vezes apelava pro batom mais escuro pra tirar o foco dos olhos. As vezes nem isso funcionava. "Sim, estou bem, só to com sono" a desculpa de sempre.
Nunca fiquei tão irritada. Nunca fiquei tanto tempo "de mau-humor". Bom seria até pedir desculpas porque fui rude até com quem não merecia. Eu que sou uma pessoa extremamente paciente, explodi inúmeras vezes. Gritei, chorei. Caí e principalmente errei. Errei e me tornei alguém que não queria ser. Apaguei meu sorriso, perdi meu sono e desaprendi a sonhar.
Um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo e fatos contínuos que enchiam minha cabeça. Cansei de fingir. Não fui atrás de nada nem ninguém. Esperei e nada aconteceu.
Eu realmente aprendi que o que você diz hoje pode não fazer mais sentido amanhã e assim como palavras as pessoas passam. (?) E eu, sempre negando a existencia de que tudo tenha um final, e enfim, passei a enxergar que tudo passa. Triste talvez, pois por um bom tempo não me dei ao luxo nem de conhecer pessoas novas e muito menos me apegar à algumas pela certeza do adeus. E assim fiquei pessimista.
As coisas nunca tinham se tornado tão difíceis, os dias nunca foram tão longos.
Me dei férias! necessárias... Fazia muito tempo que não conversava tanto comigo. Me isolei, fiquei sozinha, e poucos entenderam.
Esse meu lado de "ir e vir" é muito incompreendido. Por mais que eu suma, eu volto. Por mais distraída que eu seja, eu não me esqueço. Aliás, descobri que minha memória não é tão boa assim...
Meu circulo de amizades mudou novamente e diminuiu ainda mais.
Pessoas se foram, outras simplesmente pagaram-me de suas lembranças.
Tive que me virar sozinha, e consequentemente, errar e assumir o erro. Aprendi que nem todo mundo precisa saber quem de fato fui/sou, e ... bom, ninguém se importa. Tudo muda, e eu to começando à perceber que não posso mais agir como a menininha de antes. As pessoas me cobram isso, a vida me cobra isso...
Mas, apesar de tantos momentos me sentindo a pior pessoa do mundo, descobri que posso ser perfeita aos olhos de outro alguém. Descobri que por mais que eu erre existem pessoas que ainda caminharão ao meu lado. Descobri que às vezes um tapa na cara é necessário pra acordar e passar à fazer as coisas do jeito certo. Descobri que distância não significa nada e que sonhos por mais pequenos que sejam, ainda podem se tornar real.
E são à esses acontecimentos, que podem parecer mínimos diante de toda essa guerra contra meu EU, que eu me apego. Porque foram eles, apenas eles, que não me fizeram desistir de tudo e não abandonar o que sempre quis por medo.
Tirei férias de mim sim, e percebi que por mais que eu mesma não acredite em mim, existirá sempre alguem que irá me fazer acreditar que devo sorrir, mesmo com vontade de chorar.
Beijos, Dani :*

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Is That Why You Turn Way?




Não há um dia sequer em que eu não me sinto culpada por sair por aí magoando à todos. Não há um dia em que isso não ocorra. Me sinto impotente por não conseguir mudar absolutamente nada! Acúmulo de mágoas, de desentendimentos, mal-entendidos... a cada dia tem sido mais presente nos meus dias.
Saudade... esse sentimento que machuca quando não há mais nada que possa ser feito. Sinto falta de tempos em que ninguém me abandonava por descobrirem quem realmente sou ou por motivos fúteis. Acredite se quiser, houve um dia em que não me preocupava tanto e mesmo assim não estragava tudo.
Mais um ano está passando e eu às vezes me entristeço por não poder cumprir as promessas que fiz ou me fizeram. Queria não sentir falta de quem um dia foi essencial pra mim e agora o que existe é a indiferença. O que mais dói não é partirem da minha vida, mas a indiferença com que lidam com isso. Me olham e parece que não significo absolutamente mais nada. Acho que eu sou muito fácil de se esquecer, sei lá. Machuca e eu não consigo aceitar. As pessoas não deveriam partir assim tão fácil, eu não devia me importar tanto. Me fazem muita falta, fecho os olhos e ainda consigo me lembrar dos momentos com cada um. Uma mistura de sorriso e choro se forma. Boas lembranças acabam se tornando lembranças tristes...
Todos estão certos. Sem expectativas, sem decepções. É por isso que já não espero mais nada. Só espero que o dia acabe bem e sinceramente, essas noites mal dormidas, esses pesadelos constantes só tem diminuído minha esperança até de que o dia melhore. Eu preciso ser mais sensata, realista. Preciso fazer o que sempre fiz: omitir os meus sentimentos e o meu passado. Ninguém se importa e com a verdade se importam menos ainda. Esse desinteresse de conhecer pessoas não é normal, mas e daí? Nada dura mesmo. Vou parar de querer que tudo fique bem, porque nunca fica.
Vou aprender a não sentir falta de quem um dia disse que não me abandonaria e não cumpre com as palavras. Depois de magoar todo mundo, acho que se uma vez alguem disse "ela vai ver", hey, fique feliz!
Agora eu devia dizer algo como "vou fazer diferente" e todas as baboseiras otimistas de mudanças, mas não. Eu não vou fazer nada porque quanto mais eu tento consertar as coisas, mas elas pioram. Acho que eu sou assim mesmo, alguém que vive de perdas... é só aceitar, não sentir falta de nada, parar de chorar à toa e sorrir, ninguém questiona!




Beijos, Dani :*
Allison Iraheta - Scars ♪

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Cheiro de Uma Lembrança




Acordei. Era manhã, ouvi apitos parecidos com o chiado do bule da mamãe. Ela sempre acordava cedo, antes mesmo do raiar do sol ou até mesmo antes do cantar dos galos. Galos que não haviam ali mas que um dia eu os ouvi, quando visitei um sitio de um um amigo do meu pai no interior e deduzi que seria aquele o horário que eles despertavam, talvez por sentirem em seus pelos ou penas a brisa do amanhecer. Talvez se assustassem. Ou não. Não importa. Mamãe acordava cedo porque era uma espiã super secreta e tinha que vigiar a casa enquanto dormíamos. O chiado soava alto e com ele aumentava também o cheiro do café passado no coador de pano, sei pelo sabor amarrotado, por isso odeio café. 
Pela manhã, mamãe sempre espremia laranjas, ela dizia que crianças sempre teriam um dia alegre assim como o ar cítrico da fruta. Por isso sempre ficava do lado de mamãe, para respirar o espremer da laranja e ter um dia mais feliz ainda. As vezes acordava cedo apenas para isso. Me levantei mas não encontrei os sapatos então desci para procurar a mamãe:


 _ Mãe, não consigo encontrar meus sapatos.
 _ Eu os deixei do lado direito da sua cama, perto do criado-mudo.
 _ Mas eu procurei e não achei, pode me ajudar?
 _ Sim filho, vamos procurar... ah, e feliz Natal!


Meus pais me falavam que no Natal o papai Noel andava pelos telhados e deixava um presente para todas as crianças, ouvi dizer que era só para aqueles que se comportavam direitinho. Mas achava estranho pois, Margarida, a filha da empregada, sempre foi tão boazinha e mesmo assim me disse que nunca ganhou nada, deve ser porque ela não tem pai, muito menos Noel.
Margarida sempre estava em casa e era a única com quem eu poderia brincar, pois mamãe dizia que os garotos da rua tinham brincadeiras estúpidas, deve ser aqueles gritos que eu sempre ouvia do lado de fora da janela. Ouvia dizer que não prestavam e não saberiam entender o quanto eu era especial.
Ah mas com Margarida era bem diferente. Nunca soube ao certo mas quando ela estava perto de mim sentia como se o ar mudasse, minha respiração fosse mais leve e a sentia de uma forma mais doce... como o sopro de um vento que de longe e consigo trás o perfume das flores ao meu encontro, ao mesmo tempo que parecia ouvir palavras suaves por volta da minha cabeça... da minha cabeça... da minha cabeça...


 “ Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, 
para pensar um belo pensamento 
e pousá-lo no vento! 

Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível - 
para se ver chorando, e gostar de chorar, 
e adormecer de lágrimas e luar! 

Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas, 
partisse por nuvens, dormente e acordado, 
levitando apenas, pelo amor levado... 

Quem tivesse um amor, sem dúvida e sem mácula, 
sem antes nem depois: verdade e alegoria... 
Ah! quem tivesse... (Mas, quem teve? quem teria?) “

Mas eu não acredito em Papai Noel, afinal já tenho 7 anos. O que existe mesmo e eles não sabem é um duende voador todo espelhado que reflete o sonho das crianças, inclusive o meu que era voar mas isso eu já fiz. Me lembro até quando passava entre nuvens de algodão doce e sentia o próprio vento do bater das minhas asas no meu rosto... cheguei até a lua, que não sei como é mas margarida me dizia ser muito bonita e que era um filhote da terra, pois era redondinha e sempre estava brilhando. Dizem que criança brilha, talvez aquelas  que acreditam no duende espelhado. Mas o meu sonho de verdade é ser igual meu pai: um herói. Meu pai sempre me disse que os heróis são os mais organizados, os mais fortes e os que combatem aqueles que fazem coisa errada, meu pai é esse herói. Não sei se usa capa, mas tem bota, ele nunca me deixou saber como é a espada dele, disse que é perigosa e alcança os inimigos, mesmo os que estavam distantes e que junto com ele existem muitos outros heróis vindos do trem azul do céu que acreditavam no duende espelhado e eles são diferentes, são especiais, assim como ele, assim como eu. Meu pai disse que eles, os heróis, estão se preparando pra uma batalha intergaláctica. Onde há monstros enormes e fedidos que querem se vingar do duende espelhado por nunca terem ganhado um presente no Natal. Eles não tinham lar, eram maus e querem tirar os presentes daqueles que são bons. 
Uma vez ele me ensinou uma música que cantava com os companheiros antes de enfrentar os inimigos. Era assim:

 “Senti um dia no meu coração
uma imensa e forte emoção
de combate com meu fuzil na mão
e defender com orgulho essa nação
e lá do auto todos vão dizer
sentimos muito orgulho de você.”


Tenho certeza que os heróis vão vencer esta batalha, porque o bem sempre vence o mal... Por isso quero ser um Super Herói bondoso, assim como meu pai.

Era de tarde quando Margarida veio brincar comigo, ela pediu que eu a desenhasse do jeito que eu a via, eu fiquei tão nervoso que na hora que eu desenhei um coração, no meio um morango, e dentro do morango uma lua.O cheiro de margarida era doce como de um morango, a lua porque ela brilhava de todas as formas e o coração, porque ele batia forte quando eu estava perto dela. Quando eu mostrei o desenho, ela riu, e falou que não tinha a cara torta igual a do desenho, aí eu falei que ela era linda e especial de qualquer jeito, era minha melhor amiga. Quando eu menos esperava Margarida encostou seus lábios nos meus. Nossa, minha barriga parecia ter varias formiguinhas! Meu coração batia tão forte e minha boca ficou tão dormente! Foi incrível, foi mágico, e foi assim meu primeiro beijo.
Com o passar do tempo o mundo fora de casa, foi ficando diferente... Margarida não ia mais brincar comigo, meu pai disse que ninguém podia sair de casa. Começou a ficar frio, não tinha mais aquele cheiro de morango. Pareciam fogos de artifício no céu, mas não me trazia alegria como os fogos do Réveillon, ouvia gritos de desespero, me dava vontade de chorar.
Porque meu pai, que é um Herói, não estava salvando aquelas pessoas da dor? Eu perguntei à ele, e ele me disse que estava do jeito que ele queria. Ele deveria fazer as pessoas sorrirem e não chorarem.
Desespero, muito barulho, minha mãe orando, meu pai não estava mais lá. Até que senti um imenso calor vindo das paredes, minha mãe gritando e minhas pernas queimando. Respirar parecia tão difícil... eu só queria sentir por uma ultima vez aquele doce perfume...


Atividade proposta para trabalhar o lúdico. Texto elaborado  em conjunto com o povo do teatro.
(Samu, Bárbara, Aline, Lucas, Thiago, Jéssica e Dani)
Participação especial: Felipe (cobaia)

domingo, 25 de setembro de 2011

Texto Inútil.




Pego um Café com leite. Tenho que me lembrar de diminuir o café. Talvez seja por isso que fico com sono de dia e elétrica à noite. Tanto faz. De qualquer forma, não deito na cama sem um café com leite antes, sou estranha. Enfim... Sento na cadeira de frente pro computador, coloco uma música. Fecho os olhos em busca de uma inspiração. Quero algo novo e não só amor e dor. Sou muito extrema, navego entre esses temas. Hoje não, quero algo mais lúdico como diz meu professor de teatro. Dou uma olhada no WeHeartIt. As imagens sempre me inspiram. Vejo uns casais, umas garotas, e uns gatos. Parece que todo mundo por lá gosta de gatos, sempre tem milhares! Tenho que me lembrar também de cobrar a minha mãe sobre o gato que to pedindo. Preciso de algo que dependa de mim. Engraçado isso não é? Essa necessidade de dar atenção à algo quando na verdade, você que quer atenção. Que seja. Não achei nenhuma foto que me desse alguma ideia de texto interessante. Essa fase sem inspiração é um pé no saco. Na verdade, essa minha mania de "coisas intermináveis" que é um pé no saco. Eu começo um texto e não termino. Deve ter uns quinhentos aqui nos rascunhos do blog com temas aleatórios e pela metade. Odeio isso em mim. Perco o foco muito fácil como podem perceber. Estou aqui escrevendo sobre um milhão de coisas e nada ao mesmo tempo. Sou tão confusa. Provavelmente eu desista desse texto agora, como  faço com quase todos, ou não, sei lá, dessa vez me dê uma loucura repentina e eu poste esse texto sem fim algum. Aliás, outra coisa que me desagrada é essa minha mania de "Tudo e nada" como já disse em um texto. Sabe aquela ideia de querer fazer tudo ao mesmo tempo e acabar fazendo nada? Eu faço isso 24 horas por dia com tudo que vocês possam imaginar. Desde querer dar atenção à todos como enrolar pra arrumar meu quarto que, bem... É tão bagunçado quanto minhas idéias e textos.
Droga, esqueci do café. Esfriou. Minha memória ultimamente está uma merda. Acho que de tanto eu dizer que tinha a memória perfeita e me gabar disso to tomando na testa. Tanto faz, tem muitas coisas que preciso esquecer mesmo. Por falar em esquecer, acho que eu sou uma pessoa muito fácil de ser esquecida. Na minha testa deve estar escrito "ABANDONEM -ME". Mas não vou falar desse assunto, que já tem até demais no blog! Melhor parar de escrever. Já estou cansando disso. Esse deve ser o texto mais ruim que já escrevi na vida, tenho até vergonha de postar isso mas... dane-se! Ninguém se importa com nada mesmo...

Beijos Dani :*
Smashing Pumpkins - Disarm ♫


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Possessiva

Teu livro.
Esquecido no alto da prateleira,
com cheiro de mofo
e com camada espessa de poeira.

Mesmo com cheiro de mofo e poeira
ainda assim, Teu livro.

Teu livro. 
Com as palavras borradas
de marcas redondinhas,
de lágrimas que ousaram ser derramadas.

Mesmo com cheiro de mofo e poeira,
com palavras borradas de lágrimas,
ainda assim, Teu livro.

Teu livro.
Com manchas de café velho
com o formato da caneca
deixada pelo filho fedelho.

Mesmo com cheiro de mofo e poeira,
com palavras borradas de lágrimas,
manchas de café velho,
ainda assim, Teu livro.

Teu livro.
Que apesar de esquecido,
Sempre será teu, pra mais tarde ser lido
e levar consigo,
o mundo das palavras que são redescobertas,
servindo de inspiração para novos poetas.

Daniela Siqueira