terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tirei Férias de Mim.



Tirei férias de mim, fugi dos meus pensamentos, corri da minha alma. É estranho alguém querer férias de si mesmo?
Nesse tempo avaliando meus atos, repensando tudo que já fiz cheguei à avaliar minhas mudanças bruscas de humor durante todo o ano. Esse foi o ano com mais altos e baixos que já vivenciei. O mais confuso. Nunca mudei tanto de humor. Nunca sofri tantas mini "explosões" de raiva abafadas pelo travesseiro, ou gritos misturados à choros de desespero.
"Tudo bem". Foi a mentira mais contada. Não me importava se as pessoas acreditavam ou não. Eu estava sempre bem. "Tá bem mesmo?" ok, boa oportunidade pra confessar que passei a noite em claro. As bolsas embaixo dos meus olhos mostravam que tinha chorado à noite. Passava um tempão me maquiando tentando escondê-las e às vezes apelava pro batom mais escuro pra tirar o foco dos olhos. As vezes nem isso funcionava. "Sim, estou bem, só to com sono" a desculpa de sempre.
Nunca fiquei tão irritada. Nunca fiquei tanto tempo "de mau-humor". Bom seria até pedir desculpas porque fui rude até com quem não merecia. Eu que sou uma pessoa extremamente paciente, explodi inúmeras vezes. Gritei, chorei. Caí e principalmente errei. Errei e me tornei alguém que não queria ser. Apaguei meu sorriso, perdi meu sono e desaprendi a sonhar.
Um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo e fatos contínuos que enchiam minha cabeça. Cansei de fingir. Não fui atrás de nada nem ninguém. Esperei e nada aconteceu.
Eu realmente aprendi que o que você diz hoje pode não fazer mais sentido amanhã e assim como palavras as pessoas passam. (?) E eu, sempre negando a existencia de que tudo tenha um final, e enfim, passei a enxergar que tudo passa. Triste talvez, pois por um bom tempo não me dei ao luxo nem de conhecer pessoas novas e muito menos me apegar à algumas pela certeza do adeus. E assim fiquei pessimista.
As coisas nunca tinham se tornado tão difíceis, os dias nunca foram tão longos.
Me dei férias! necessárias... Fazia muito tempo que não conversava tanto comigo. Me isolei, fiquei sozinha, e poucos entenderam.
Esse meu lado de "ir e vir" é muito incompreendido. Por mais que eu suma, eu volto. Por mais distraída que eu seja, eu não me esqueço. Aliás, descobri que minha memória não é tão boa assim...
Meu circulo de amizades mudou novamente e diminuiu ainda mais.
Pessoas se foram, outras simplesmente pagaram-me de suas lembranças.
Tive que me virar sozinha, e consequentemente, errar e assumir o erro. Aprendi que nem todo mundo precisa saber quem de fato fui/sou, e ... bom, ninguém se importa. Tudo muda, e eu to começando à perceber que não posso mais agir como a menininha de antes. As pessoas me cobram isso, a vida me cobra isso...
Mas, apesar de tantos momentos me sentindo a pior pessoa do mundo, descobri que posso ser perfeita aos olhos de outro alguém. Descobri que por mais que eu erre existem pessoas que ainda caminharão ao meu lado. Descobri que às vezes um tapa na cara é necessário pra acordar e passar à fazer as coisas do jeito certo. Descobri que distância não significa nada e que sonhos por mais pequenos que sejam, ainda podem se tornar real.
E são à esses acontecimentos, que podem parecer mínimos diante de toda essa guerra contra meu EU, que eu me apego. Porque foram eles, apenas eles, que não me fizeram desistir de tudo e não abandonar o que sempre quis por medo.
Tirei férias de mim sim, e percebi que por mais que eu mesma não acredite em mim, existirá sempre alguem que irá me fazer acreditar que devo sorrir, mesmo com vontade de chorar.
Beijos, Dani :*

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