sábado, 31 de dezembro de 2011

Querido 2011...




Confesso que me decepcionou extremamente. Esperava muito mais, tinha tantos planos e na verdade, somente algumas poucas coisas posso dizer que realmente valeram à pena. Este ano, logo no inicio já me magoei com algumas pessoas. Me abandonaram, me esqueceram, e amizades que julgava importantes mostraram-se vagas e passageiras. Foi o ano que mais errei e o que mais tive dúvidas com relação à escolhas e caminhos à se tomar. Magoei muitas pessoas e principalmente, me machuquei pra não machucar aos outros. Desabei muitas vezes, senti falta e percebi que por mais que eu quisesse me mostrar forte e sob controle, na maioria dos dias estava em um conflito interno. Enjoei do meu cabelo, resolvi mudar fisicamente e talvez, a mudança refletisse no meu interior. Funcionou por um tempo... Me redescobri. Alguém frágil, insegura e confusa. Fechei os olhos pra muitas coisas que aconteciam ao meu redor, e omiti todas as outras coisas. Omitir meus sentimentos foi o que mais fiz esse ano, até que chegou um ponto que nem pude mais fingir. Nunca vou me perdoar pelos meus inúmeros erros deste ano. Erros que me afastaram de pessoas das quais não poderia me ver sem. Mas a gente se acostuma co perdas não é mesmo? A vida é assim. A melhor lição que aprendi esse ano foi que os verdadeiros ficam. E agora, mesmo tendo consertado boa parte deles, ainda sinto que é tarde demais e o que perdi, nunca terei de volta. 

2011 não foi um bom ano, porém, não sou o tipo de pessoa que se foca nas coisas ruins. Mesmo perdendo um pouco a fé, ainda continuo a garota otimista de sempre e não iria ser diferente nesse post de despedida.
Apesar de tantas coisas ruins e conflitos de identidade, eu pude me surpreender. 
Fiz novas amizades. Pessoas que julguei à primeira vista, hoje são a razão do meu sorriso, e isso me ensina que só precisamos de um pouco de compaixão com as pessoas. Todos temos histórias pra contar. E por falar em histórias, eu fiz novas amizades com o teatro. Só aumentou o meu amor pela arte, e fez do curso não só um lugar de aprendizado, mas sim, uma família. O teatro foi meu refúgio. A arte faz isso. Purifica nossa alma. 
E além de novas amizades e conservar os antigos e verdadeiros, descobri o amor. Esse amor, que nos surpreende. Esse amor, que pode estar mais perto do que pensamos. Descobri como é se sentir bem, se sentir amada e ter alguém pra te confortar e te apoiar nos momentos difíceis. Alguém que te faz sorrir em meio ao choro. Alguém, que antes de tudo é meu amigo, meu companheiro e confidente. Alguém, que esteve disposto à me esperar. Ele me faz feliz e foi a estrutura que me manteve de pé esse tempo inteiro e posso dizer que foi a melhor coisa que me aconteceu em 2011. 
Minha família sofreu muito esse ano. Eu omito praticamente tudo que acontece e muitas vezes, por fechar os olhos, alguns acham que não me importo. Mas na verdade eu me importo até demais e esse é um defeito que planejo mudar em 2012. Não que eu me torne uma pessoa fria, mas sentimentalismo demais nunca é bom. Me senti sobrecarregada muitas vezes, e explodi mais ainda.
Eu realmente tenho boas expectativas pra este ano que está por vir. Vai ser um ano corrido e cansativo pra conciliar trabalho, escola e ter tempo pra vida não é? abri mão de muitas coisas, e a que mais me dói é o teatro. Abri mão do teatro em 2012, não por escolha, mas porque foi necessário. Não achem que desisti do meu sonho ou algo do tipo, apenas adiei, afinal "nem tudo é como a gente quer, é como tem que ser", e abrir mão das coisas que amo , por enquanto, vai me fazer crescer e no mínimo, amadurecer e dar mais valor ainda pras coisas mínimas. 

2012 não será apenas de vitórias, tenho noção que terei muito o que decidir e principalmente, aprender a lidar com a minha insegurança. 

Esse é o único ano da minha vida que não tenho nenhum plano, nenhuma ideia do que vou fazer. Então, cada passo que dou é uma surpresa. 

Espero fazer as escolhas certas. Então, desejo à todos vocês, caros leitores, que me acompanham à tanto tempo, um ótimo 2012, que apesar de tudo, que vocês corram atrás do que querem e não tenha medo de seguir em frente e principalmente, aproveitem bem cada momento, porque as vezes é tarde demais. E por mais que os dias pareçam difíceis, não desistam. Não deixe a comodidade chegar e a preguiça tomar conta. 2012 só te surpreenderá, se você se surpreender primeiramente e vencer seus próprios limites.

Que todos tenham um feliz ano novo.

Com carinho, Dani :*



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Happy Birthday XC!


2 ANOS DE XODÓZINHA COLORFUL!! YOUPIIIIIIIII #TODOSGRITA
OK, resolvi dar um tempinho desse bla bla bla melancólico e romântico de sempre e comemorar um pouco afinal, o blog faz 2 anos e realmente eu não esperava que fosse durar tanto assim e muito menos que tantas pessoas apareceriam por aqui.
Bom, vamos aos fatos preciso desabafar kkk
Pra mim é muito, muito importante essa data porque, inicialmente esse blog não tinha nenhum interesse em se tornar público, seria pessoal. Bem....eu não consegui esconder por muito tempo e por mais incrivel que possa parecer algumas pessoas gostam do que escrevo. Sinceramente não acho que levo jeito pra isso. Não que literatura não seja minha paixão mas, tudo que escrevo não é pensando em algo como uma narrativa conforme a lingua portuguesa ou pensando na aceitação das pessoas, são apenas o que sinto e ver que algumas pessoas se indentificam e elogiam é muito importante pra mim. Por muitas, muitas vezes quis abandonar esse blog, já sumi por muito tempo, mas aqui, nessas páginas virtuais está escrita minha vida dos ultimos dois anos. Confesso que existem mais rascunhos não terminados do que posts mas, mesmo assim, de alguma forma, não consigo me desfazer disto. Então, quem me acompanha desde o inicio ou que começou agora eu agradeço por fazer parte disso porque este lugar é um refúgio pra mim. Escrever é uma terapia.
Então, obrigada por me aturarem por esse tempo e bom, vocês vão ter que me engolir mais ainda, porque não vou abandonar aqui :D

Se quiserem mandar presente e tals eu agradeço e pá kk ok, chega

Beijos, Dani :*
A Day to remember - if it means a lot to you ♫


domingo, 18 de dezembro de 2011

Depois que a chuva passa... (Post it)



Sei que já se passaram alguns anos desde nossa despedida. Sei também que você tocou sua vida e que finalmente estava resolvendo seus problemas. Mas acho que mesmo que tenha passado tanto tempo, nunca é tarde demais pra dizer coisas que não foram ditas antes. Eu sei que você se lembra de mim, sei que marquei sua vida tanto quanto você marcou a minha, mas aconteceu o que eu nunca pensei que aconteceria. Não com você. O tempo nos separou. Nossas vidas foram tomando rumos diferentes e quando nos demos conta, já nem nos falávamos mais. E foi assim, com você apenas vivendo na minha memória, e esse carinho que nunca se acaba que eu segui. Nunca senti tanto a falta de alguém como sinto de você e nunca me senti tão impotente por não conseguir mudar absolutamente nada. E mesmo assim, à anos sem te ver, sem conversar, sem emprestar meu sorriso à ti eu nunca te esqueci. Jamais te esqueceria. Minha vida mudou, realizei alguns dos meus inúmeros planos, mudei de idéia várias vezes, e errei mais ainda, me apaixonei, cortei o cabelo, terminei a escola, comecei a trabalhar naquilo que mais odeio pra poder pagar a faculdade de psicologia e hoje estou aqui. Realizei muitos dos meus sonhos e até fiz outras coisas de que não tinha planejado. Sorri muitas vezes, descobri o significado da frase “aproveitar o dia” e também da palavra “saudade” pois o pior foi não ter você ao meu lado pra poder compartilhar tudo isso. Você não estava lá… e doeu. Confesso que me decepcionei no início mas depois de tantas perdas, já me acostumei com despedidas. Hoje eu nem ao menos sei como você está, onde mora, o que está fazendo… mas eu queria lembrá-lo que quando éramos EU e VOCÊ eu não precisava de mais nada pra ser feliz. Você marcou a minha vida como nenhuma outra pessoa fez, me ensinou coisas que nenhuma faculdade ousaria me ensinar, me deu conselhos que nem minha própria mãe daria…. Você foi um amigo, um irmão e até mesmo um pai nos meus momentos de fraqueza. Eu agradeço por um dia ter te conhecido e nem que tenha sido por pouco tempo, ter você ao meu lado. E agora, depois de muitos anos, mesmo que você nunca leia isso eu queria dizer que ainda te amo e sinto sua falta e que nunca, nunca ousaria te apagar da memória. Obrigada por me fazer feliz por esse tempo, espero que esteja bem.

Com carinho, Daniela Siqueira

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Any Other World



Em algum lugar do mundo, talvez eu possa fazer a diferença. Talvez eu possa ser alguém importante que traga o riso à todos.
Em algum  outro lugar, talvez eu saiba voar e passe a enxergar o mundo de uma forma mais bonita.
Talvez neste lugar exista uma lei que não deixe ninguém abandonar ninguém. Talvez eu até fique bem o tempo todo.Em algum outro lugar, longe daqui, talvez os dias pareçam mais convidativos e as noites mais alegres. Talvez neste lugar não exista lágrimas que não sejam de felicidade, nem dor e nem decepção.
Talvez neste lugar imaginar seja mais fácil. E as pessoas respirem bom humor. Talvez as piadas sejam mais engraçadas.
Em algum lugar do mundo, talvez não exista medo nem insegurança. 
Em outro lugar, talvez o café seja mais fresco, o chocolate mais doce e os abraços mais apertados.
Talvez neste lugar a música esteja presente em todos os lares, todos saibam dançar e tudo seja arte!Em algum lugar talvez as pessoas fossem mais bondosas. Os amores recíprocos, as crianças inocentes e os velhinhos apenas bons velhinhos.
Em algum lugar longe daqui, talvez o céu seja mais azul e a grama mais verde. Os olhos mais brilhantes e o ar com cheiro de flores.
Talvez neste lugar o respeito seria mútuo e ninguém seria julgado.


Talvez esse lugar exista, pode estar mais perto do que você imagina porque esse lugar está dentro de você.

Beijos, Dani :*
inspiração: Mika - any other world ♪

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tirei Férias de Mim.



Tirei férias de mim, fugi dos meus pensamentos, corri da minha alma. É estranho alguém querer férias de si mesmo?
Nesse tempo avaliando meus atos, repensando tudo que já fiz cheguei à avaliar minhas mudanças bruscas de humor durante todo o ano. Esse foi o ano com mais altos e baixos que já vivenciei. O mais confuso. Nunca mudei tanto de humor. Nunca sofri tantas mini "explosões" de raiva abafadas pelo travesseiro, ou gritos misturados à choros de desespero.
"Tudo bem". Foi a mentira mais contada. Não me importava se as pessoas acreditavam ou não. Eu estava sempre bem. "Tá bem mesmo?" ok, boa oportunidade pra confessar que passei a noite em claro. As bolsas embaixo dos meus olhos mostravam que tinha chorado à noite. Passava um tempão me maquiando tentando escondê-las e às vezes apelava pro batom mais escuro pra tirar o foco dos olhos. As vezes nem isso funcionava. "Sim, estou bem, só to com sono" a desculpa de sempre.
Nunca fiquei tão irritada. Nunca fiquei tanto tempo "de mau-humor". Bom seria até pedir desculpas porque fui rude até com quem não merecia. Eu que sou uma pessoa extremamente paciente, explodi inúmeras vezes. Gritei, chorei. Caí e principalmente errei. Errei e me tornei alguém que não queria ser. Apaguei meu sorriso, perdi meu sono e desaprendi a sonhar.
Um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo e fatos contínuos que enchiam minha cabeça. Cansei de fingir. Não fui atrás de nada nem ninguém. Esperei e nada aconteceu.
Eu realmente aprendi que o que você diz hoje pode não fazer mais sentido amanhã e assim como palavras as pessoas passam. (?) E eu, sempre negando a existencia de que tudo tenha um final, e enfim, passei a enxergar que tudo passa. Triste talvez, pois por um bom tempo não me dei ao luxo nem de conhecer pessoas novas e muito menos me apegar à algumas pela certeza do adeus. E assim fiquei pessimista.
As coisas nunca tinham se tornado tão difíceis, os dias nunca foram tão longos.
Me dei férias! necessárias... Fazia muito tempo que não conversava tanto comigo. Me isolei, fiquei sozinha, e poucos entenderam.
Esse meu lado de "ir e vir" é muito incompreendido. Por mais que eu suma, eu volto. Por mais distraída que eu seja, eu não me esqueço. Aliás, descobri que minha memória não é tão boa assim...
Meu circulo de amizades mudou novamente e diminuiu ainda mais.
Pessoas se foram, outras simplesmente pagaram-me de suas lembranças.
Tive que me virar sozinha, e consequentemente, errar e assumir o erro. Aprendi que nem todo mundo precisa saber quem de fato fui/sou, e ... bom, ninguém se importa. Tudo muda, e eu to começando à perceber que não posso mais agir como a menininha de antes. As pessoas me cobram isso, a vida me cobra isso...
Mas, apesar de tantos momentos me sentindo a pior pessoa do mundo, descobri que posso ser perfeita aos olhos de outro alguém. Descobri que por mais que eu erre existem pessoas que ainda caminharão ao meu lado. Descobri que às vezes um tapa na cara é necessário pra acordar e passar à fazer as coisas do jeito certo. Descobri que distância não significa nada e que sonhos por mais pequenos que sejam, ainda podem se tornar real.
E são à esses acontecimentos, que podem parecer mínimos diante de toda essa guerra contra meu EU, que eu me apego. Porque foram eles, apenas eles, que não me fizeram desistir de tudo e não abandonar o que sempre quis por medo.
Tirei férias de mim sim, e percebi que por mais que eu mesma não acredite em mim, existirá sempre alguem que irá me fazer acreditar que devo sorrir, mesmo com vontade de chorar.
Beijos, Dani :*

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Is That Why You Turn Way?




Não há um dia sequer em que eu não me sinto culpada por sair por aí magoando à todos. Não há um dia em que isso não ocorra. Me sinto impotente por não conseguir mudar absolutamente nada! Acúmulo de mágoas, de desentendimentos, mal-entendidos... a cada dia tem sido mais presente nos meus dias.
Saudade... esse sentimento que machuca quando não há mais nada que possa ser feito. Sinto falta de tempos em que ninguém me abandonava por descobrirem quem realmente sou ou por motivos fúteis. Acredite se quiser, houve um dia em que não me preocupava tanto e mesmo assim não estragava tudo.
Mais um ano está passando e eu às vezes me entristeço por não poder cumprir as promessas que fiz ou me fizeram. Queria não sentir falta de quem um dia foi essencial pra mim e agora o que existe é a indiferença. O que mais dói não é partirem da minha vida, mas a indiferença com que lidam com isso. Me olham e parece que não significo absolutamente mais nada. Acho que eu sou muito fácil de se esquecer, sei lá. Machuca e eu não consigo aceitar. As pessoas não deveriam partir assim tão fácil, eu não devia me importar tanto. Me fazem muita falta, fecho os olhos e ainda consigo me lembrar dos momentos com cada um. Uma mistura de sorriso e choro se forma. Boas lembranças acabam se tornando lembranças tristes...
Todos estão certos. Sem expectativas, sem decepções. É por isso que já não espero mais nada. Só espero que o dia acabe bem e sinceramente, essas noites mal dormidas, esses pesadelos constantes só tem diminuído minha esperança até de que o dia melhore. Eu preciso ser mais sensata, realista. Preciso fazer o que sempre fiz: omitir os meus sentimentos e o meu passado. Ninguém se importa e com a verdade se importam menos ainda. Esse desinteresse de conhecer pessoas não é normal, mas e daí? Nada dura mesmo. Vou parar de querer que tudo fique bem, porque nunca fica.
Vou aprender a não sentir falta de quem um dia disse que não me abandonaria e não cumpre com as palavras. Depois de magoar todo mundo, acho que se uma vez alguem disse "ela vai ver", hey, fique feliz!
Agora eu devia dizer algo como "vou fazer diferente" e todas as baboseiras otimistas de mudanças, mas não. Eu não vou fazer nada porque quanto mais eu tento consertar as coisas, mas elas pioram. Acho que eu sou assim mesmo, alguém que vive de perdas... é só aceitar, não sentir falta de nada, parar de chorar à toa e sorrir, ninguém questiona!




Beijos, Dani :*
Allison Iraheta - Scars ♪

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Cheiro de Uma Lembrança




Acordei. Era manhã, ouvi apitos parecidos com o chiado do bule da mamãe. Ela sempre acordava cedo, antes mesmo do raiar do sol ou até mesmo antes do cantar dos galos. Galos que não haviam ali mas que um dia eu os ouvi, quando visitei um sitio de um um amigo do meu pai no interior e deduzi que seria aquele o horário que eles despertavam, talvez por sentirem em seus pelos ou penas a brisa do amanhecer. Talvez se assustassem. Ou não. Não importa. Mamãe acordava cedo porque era uma espiã super secreta e tinha que vigiar a casa enquanto dormíamos. O chiado soava alto e com ele aumentava também o cheiro do café passado no coador de pano, sei pelo sabor amarrotado, por isso odeio café. 
Pela manhã, mamãe sempre espremia laranjas, ela dizia que crianças sempre teriam um dia alegre assim como o ar cítrico da fruta. Por isso sempre ficava do lado de mamãe, para respirar o espremer da laranja e ter um dia mais feliz ainda. As vezes acordava cedo apenas para isso. Me levantei mas não encontrei os sapatos então desci para procurar a mamãe:


 _ Mãe, não consigo encontrar meus sapatos.
 _ Eu os deixei do lado direito da sua cama, perto do criado-mudo.
 _ Mas eu procurei e não achei, pode me ajudar?
 _ Sim filho, vamos procurar... ah, e feliz Natal!


Meus pais me falavam que no Natal o papai Noel andava pelos telhados e deixava um presente para todas as crianças, ouvi dizer que era só para aqueles que se comportavam direitinho. Mas achava estranho pois, Margarida, a filha da empregada, sempre foi tão boazinha e mesmo assim me disse que nunca ganhou nada, deve ser porque ela não tem pai, muito menos Noel.
Margarida sempre estava em casa e era a única com quem eu poderia brincar, pois mamãe dizia que os garotos da rua tinham brincadeiras estúpidas, deve ser aqueles gritos que eu sempre ouvia do lado de fora da janela. Ouvia dizer que não prestavam e não saberiam entender o quanto eu era especial.
Ah mas com Margarida era bem diferente. Nunca soube ao certo mas quando ela estava perto de mim sentia como se o ar mudasse, minha respiração fosse mais leve e a sentia de uma forma mais doce... como o sopro de um vento que de longe e consigo trás o perfume das flores ao meu encontro, ao mesmo tempo que parecia ouvir palavras suaves por volta da minha cabeça... da minha cabeça... da minha cabeça...


 “ Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, 
para pensar um belo pensamento 
e pousá-lo no vento! 

Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível - 
para se ver chorando, e gostar de chorar, 
e adormecer de lágrimas e luar! 

Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas, 
partisse por nuvens, dormente e acordado, 
levitando apenas, pelo amor levado... 

Quem tivesse um amor, sem dúvida e sem mácula, 
sem antes nem depois: verdade e alegoria... 
Ah! quem tivesse... (Mas, quem teve? quem teria?) “

Mas eu não acredito em Papai Noel, afinal já tenho 7 anos. O que existe mesmo e eles não sabem é um duende voador todo espelhado que reflete o sonho das crianças, inclusive o meu que era voar mas isso eu já fiz. Me lembro até quando passava entre nuvens de algodão doce e sentia o próprio vento do bater das minhas asas no meu rosto... cheguei até a lua, que não sei como é mas margarida me dizia ser muito bonita e que era um filhote da terra, pois era redondinha e sempre estava brilhando. Dizem que criança brilha, talvez aquelas  que acreditam no duende espelhado. Mas o meu sonho de verdade é ser igual meu pai: um herói. Meu pai sempre me disse que os heróis são os mais organizados, os mais fortes e os que combatem aqueles que fazem coisa errada, meu pai é esse herói. Não sei se usa capa, mas tem bota, ele nunca me deixou saber como é a espada dele, disse que é perigosa e alcança os inimigos, mesmo os que estavam distantes e que junto com ele existem muitos outros heróis vindos do trem azul do céu que acreditavam no duende espelhado e eles são diferentes, são especiais, assim como ele, assim como eu. Meu pai disse que eles, os heróis, estão se preparando pra uma batalha intergaláctica. Onde há monstros enormes e fedidos que querem se vingar do duende espelhado por nunca terem ganhado um presente no Natal. Eles não tinham lar, eram maus e querem tirar os presentes daqueles que são bons. 
Uma vez ele me ensinou uma música que cantava com os companheiros antes de enfrentar os inimigos. Era assim:

 “Senti um dia no meu coração
uma imensa e forte emoção
de combate com meu fuzil na mão
e defender com orgulho essa nação
e lá do auto todos vão dizer
sentimos muito orgulho de você.”


Tenho certeza que os heróis vão vencer esta batalha, porque o bem sempre vence o mal... Por isso quero ser um Super Herói bondoso, assim como meu pai.

Era de tarde quando Margarida veio brincar comigo, ela pediu que eu a desenhasse do jeito que eu a via, eu fiquei tão nervoso que na hora que eu desenhei um coração, no meio um morango, e dentro do morango uma lua.O cheiro de margarida era doce como de um morango, a lua porque ela brilhava de todas as formas e o coração, porque ele batia forte quando eu estava perto dela. Quando eu mostrei o desenho, ela riu, e falou que não tinha a cara torta igual a do desenho, aí eu falei que ela era linda e especial de qualquer jeito, era minha melhor amiga. Quando eu menos esperava Margarida encostou seus lábios nos meus. Nossa, minha barriga parecia ter varias formiguinhas! Meu coração batia tão forte e minha boca ficou tão dormente! Foi incrível, foi mágico, e foi assim meu primeiro beijo.
Com o passar do tempo o mundo fora de casa, foi ficando diferente... Margarida não ia mais brincar comigo, meu pai disse que ninguém podia sair de casa. Começou a ficar frio, não tinha mais aquele cheiro de morango. Pareciam fogos de artifício no céu, mas não me trazia alegria como os fogos do Réveillon, ouvia gritos de desespero, me dava vontade de chorar.
Porque meu pai, que é um Herói, não estava salvando aquelas pessoas da dor? Eu perguntei à ele, e ele me disse que estava do jeito que ele queria. Ele deveria fazer as pessoas sorrirem e não chorarem.
Desespero, muito barulho, minha mãe orando, meu pai não estava mais lá. Até que senti um imenso calor vindo das paredes, minha mãe gritando e minhas pernas queimando. Respirar parecia tão difícil... eu só queria sentir por uma ultima vez aquele doce perfume...


Atividade proposta para trabalhar o lúdico. Texto elaborado  em conjunto com o povo do teatro.
(Samu, Bárbara, Aline, Lucas, Thiago, Jéssica e Dani)
Participação especial: Felipe (cobaia)

domingo, 25 de setembro de 2011

Texto Inútil.




Pego um Café com leite. Tenho que me lembrar de diminuir o café. Talvez seja por isso que fico com sono de dia e elétrica à noite. Tanto faz. De qualquer forma, não deito na cama sem um café com leite antes, sou estranha. Enfim... Sento na cadeira de frente pro computador, coloco uma música. Fecho os olhos em busca de uma inspiração. Quero algo novo e não só amor e dor. Sou muito extrema, navego entre esses temas. Hoje não, quero algo mais lúdico como diz meu professor de teatro. Dou uma olhada no WeHeartIt. As imagens sempre me inspiram. Vejo uns casais, umas garotas, e uns gatos. Parece que todo mundo por lá gosta de gatos, sempre tem milhares! Tenho que me lembrar também de cobrar a minha mãe sobre o gato que to pedindo. Preciso de algo que dependa de mim. Engraçado isso não é? Essa necessidade de dar atenção à algo quando na verdade, você que quer atenção. Que seja. Não achei nenhuma foto que me desse alguma ideia de texto interessante. Essa fase sem inspiração é um pé no saco. Na verdade, essa minha mania de "coisas intermináveis" que é um pé no saco. Eu começo um texto e não termino. Deve ter uns quinhentos aqui nos rascunhos do blog com temas aleatórios e pela metade. Odeio isso em mim. Perco o foco muito fácil como podem perceber. Estou aqui escrevendo sobre um milhão de coisas e nada ao mesmo tempo. Sou tão confusa. Provavelmente eu desista desse texto agora, como  faço com quase todos, ou não, sei lá, dessa vez me dê uma loucura repentina e eu poste esse texto sem fim algum. Aliás, outra coisa que me desagrada é essa minha mania de "Tudo e nada" como já disse em um texto. Sabe aquela ideia de querer fazer tudo ao mesmo tempo e acabar fazendo nada? Eu faço isso 24 horas por dia com tudo que vocês possam imaginar. Desde querer dar atenção à todos como enrolar pra arrumar meu quarto que, bem... É tão bagunçado quanto minhas idéias e textos.
Droga, esqueci do café. Esfriou. Minha memória ultimamente está uma merda. Acho que de tanto eu dizer que tinha a memória perfeita e me gabar disso to tomando na testa. Tanto faz, tem muitas coisas que preciso esquecer mesmo. Por falar em esquecer, acho que eu sou uma pessoa muito fácil de ser esquecida. Na minha testa deve estar escrito "ABANDONEM -ME". Mas não vou falar desse assunto, que já tem até demais no blog! Melhor parar de escrever. Já estou cansando disso. Esse deve ser o texto mais ruim que já escrevi na vida, tenho até vergonha de postar isso mas... dane-se! Ninguém se importa com nada mesmo...

Beijos Dani :*
Smashing Pumpkins - Disarm ♫


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Possessiva

Teu livro.
Esquecido no alto da prateleira,
com cheiro de mofo
e com camada espessa de poeira.

Mesmo com cheiro de mofo e poeira
ainda assim, Teu livro.

Teu livro. 
Com as palavras borradas
de marcas redondinhas,
de lágrimas que ousaram ser derramadas.

Mesmo com cheiro de mofo e poeira,
com palavras borradas de lágrimas,
ainda assim, Teu livro.

Teu livro.
Com manchas de café velho
com o formato da caneca
deixada pelo filho fedelho.

Mesmo com cheiro de mofo e poeira,
com palavras borradas de lágrimas,
manchas de café velho,
ainda assim, Teu livro.

Teu livro.
Que apesar de esquecido,
Sempre será teu, pra mais tarde ser lido
e levar consigo,
o mundo das palavras que são redescobertas,
servindo de inspiração para novos poetas.

Daniela Siqueira

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Posso anotar o seu pedido?



Num mundo onde a vida é descartável, eu sonho em coisas eternas. Talvez eu ainda seja jovem e inocente ao ponto de não acreditar que tudo tenha um fim. Por mais que a vida cada dia mais tenha me mostrado isso - com uma frenquencia maior, admito - eu ainda estou longe de enxergar tal verdade. Meus olhos ainda tem esperança. Eles enxergam o que querem ver. 

Pessoas estão partindo à todo instante. Quem eu achava que se importava mostra-se indiferente. Pessoas não aceitam a verdade, simples assim. Marcam sua vida e partem. Deve ser esse o ciclo deste mundo. Sem nenhuma filosofia, sem nenhuma música ao fundo, e muito menos despedidas... só partem, como se fosse um fast-food de sentimentos inúteis que nos rodeiam. Não. Não quero acreditar nisso, eu me nego. Devo ser uma peça de quebra-cabeças sem nenhum encaixe. Meus pensamentos são tão distintos assim do resto das pessoas? Ser assim, incompreendida... até quando? 

"Com o tempo você aprende que tudo muda". Talvez na época da minha mãe, foi assim mesmo. Talvez a vida dela tenha sido assim. Não quer dizer que a minha também seja, certo? Tola. Ela sabe do que fala. Eu que tampo os meus ouvidos, fecho meus olhos e saio correndo pelo escuro. Vou negando... talvez seja isso que faz com que eu sofra tanto com cada perda. Perdi quem eu mais amava por motivos fúteis, isso me fez me apegar mais às pessoas à ponto de não suportar a dor da partida. Mudar isso em mim... talvez... seja preciso. 

Com o tempo eu aprendo... Esse "tempo" que nunca vem. Que merd* de tempo é esse? Seria bem mais fácil dizerem "Quando tal coisa acontecer, voce vai saber" e não "com o tempo você aprende". William Shakespeare que me perdoe, mas eu não acho que tempo seja a incógnita dos nossos aprendizados, mas sim, fatos. A vida cobra isso, não o tempo. O tempo só passa, não faz mais nada.
Acho que quando eu digo "por favor, não me deixe, não se afaste de mim", as pessoas acham que é figura de linguagem. Talvez não saibam decifrar tais palavras que para elas, soam tão desnecessárias. E assim eu continuo negando... e a vida joga na minha cara o quanto estou errada com relação ao que é eterno. Eu sempre vou negar, não adianta. Saber que as pessoas partem é uma coisa, ter esperança de que as coisas que você ama, sejam esternas é outra. Eu ainda tenho esperança, esse é o problema. Preciso viver mais nesse mundo descartável. Preciso esquecer aqueles que me esqueceram antes e não ficar criando pretextos para tentar trazê-los de volta à minha vida. Esquecer datas, esquecer imagens, fotos, músicas, frases... tudo. Fast-food é assim. Você se sacia e joga fora depois. 




Beijos, Dani :*

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Adivinhando pensamentos



Essa noite eu sonhei com você de novo. Sonhei que você olhava em meus olhos e dizia o quanto me amava. Você segurava a minha mão e com a outra você deslizava suavemente pelo meu rosto, como você sempre faz. Depois vinha um silêncio e só o que eu enxergava eram seus olhos nos meus que gritavam de desejo. Eu sorria e abaixava a cabeça, tímida. Você segurava em meu queixo e sorria de volta. E assim você chegava mais perto do meu rosto, eu sentia sua respiração e sentia seu cheiro mais forte. E então fechei meus olhos e senti seus lábios tocando os meus. Tão macios, tão delicados… saí do chão por um instante, e fazia desse beijo um momento eterno. Sentia teu amor e me entregava a ti como nunca tinha feito antes. Sentia teu abraço, teu cheiro que agora se confundiam com o meu próprio agora. Nos tornamos um só, ligados pelo nosso amor e pela nossa entrega ao outro. Abri meus olhos e vi você sorrindo pra mim… Lindo! Me senti amada, a garota mais amada do mundo. Eu olhava em seus olhos e pensava “EU TE AMO TANTO”, mas palavras não saíam da minha boca. Porém pude perceber que você entendeu meu pensamento… E ficamos ali, nos olhando e adivinhando o pensamento do outro por um tempo. Até que você me perguntou: “No que você está pensando?” e eu respirei fundo como se tomasse coragem pra dizer. “Que eu te amo!” Eu disse. Então você fechou seus olhos e sorriu. “Notou que é a primeira vez que você diz isso?” Apenas acenei com a cabeça e vi que minhas palavras fizeram seus olhos gritarem de alegria. Então pensei que foi apenas a primeira de muitas vezes que diria isso à você. Eu estava decidida a passar o resto dos meus dias assim… ao teu lado. E enquanto um olhasse para o outro e adivinhasse os pensamentos, eu estaria feliz por ser a garota mais sortuda do mundo. E então eu acordei. Um sorriso surgiu em meu rosto ao lembrar de cada traço do seu. Olhei pro lado… Um sms teu, então pude perceber que eu era realmente sortuda por tudo aquilo não ser apenas um sonho…

Beijos, Dani :*

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Possuem vida, mas não sabem.




O que leva uma criança de 12 anos querer a morte? Porque este mundo precisa ser tão injusto, tão mal à ponto de deixar uma criança tornar-se adulta antes do tempo? Pais abandonam teus filhos, filhos que abandonam teus pais. Fome, violência, corrupção... pra quê? A sociedade não se mobiliza, não vejo mudanças. Vejo futilidade à solta a cada passo que dou. Me envergonha esta sociedade que precisa ver a dor do outro pra se sentir no poder. Pessoas não se importam, vivem no seu mundo alienado, sua rotina. Essa criança de 12 anos poderia ter um futuro brilhante, mas talvez não tenha. Você se importa com isso? Aposto que agora sim. Mas me diga... Eu, que sou alguem tão frágil à ponto de querer cuidar de todos à minha volta, tão boba de acreditar que posso ajudar à todos... Por que eu, que me importo com esta criança que quer tirar a vida de uma hora pra outra, não posso me importar com voce, que deixa de viver todos os dias? Por que eu não posso tentar cuidar de voce? Por que eu não posso me importar? Me desculpe... eu me importo e me preocupo. Tanto com esta criança quanto à qualquer outra coisa, por minima que seja, eu me importo e me deixo levar por cada uma. Não consigo fechar os olhos, não consigo seguir minha rotina, me sinto inutil, me sinto uma monstra que sai distribuindo mágoas. Uma coisa não é maior que outra. A fome é tão feia quanto a magoa que plantei no coração de alguem. Eu me importo e me culpo, mas eu tento mudar, e passar à enxergar as coisas de um ângulo novo. Essa criança ainda não tem essa visão, me importo com ela e dói à mim, vê-la sofrer. 

O intuito de tais palavras, tão incertas e confusas, não é nenhum apelo ou crítica à sociedade. Apenas uma forma de tentar mostrar o que acontece ao teu redor. As pessoas perdem tanto tempo lamentando sua dor que se esquecem que ao longe, o mundo grita por socorro. Talvez a dor, a fome, o abandono não seja a tua realidade, mas é a rotina de alguém por aí. E as pessoas realmente precisam saber que isso existe. O mundo não é só fast-food e novela das 8...
Eu me importo, e tento mudar... e você?



Beijos, Dani :*

domingo, 21 de agosto de 2011

O Anjo mais velho.




"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

[ O Teatro Mágico ]

sábado, 20 de agosto de 2011

No Hope, No Love, No Glory.



Estou à exatamente 14 minutos com esta pagina aberta sem escrever uma só palavra. O nada vem tão certo à minha cabeça quanto a chuva ao molhar o chão. O nada está aqui, dominando meus pensamentos vazios. Nada... nenhum sentimento, nenhuma solução, nenhuma ação. Não existe mais paciência, nem inteligencia, nem ânimo. Os dias são incertos, começam com um "acho que vai ser um dia bom" e terminam com um "que merda de dia inútil". Pessoas me fazem falta, momentos me faltam. Coisas ruins superam as boas, e percorrer no nada é minha única certeza. Percebo que algumas pessoas não me querem mais ao lado, pra outras tanto faz eu estar perto ou não. Me apego aos que tenho comigo, que aliás, esse numero de pessoas diminui a cada dia. Eu parei de correr atrás e o nada surgiu. Nada acontece, nada muda. Por mais que eu tente, por mais que diga... nada muda. Eu magoou as pessoas, elas se magoam com outras, ninguém se ajuda. É assim. À noite quem não dorme sou eu, preocupada com o nada existente [...]
Sabe o que é mais difícil? Me importar com o nada naqueles que me cercam. Um certo ar de inutilidade começa a percorrer meus pensamentos mas logo o nada volta. Eu não preciso ser a ajuda de todo mundo. Devia parar de tentar concertar as coisas, isso sim. Tirar o nada das pessoas sem tirar o meu? impossível.
Pessoas não entendem quando quero ficar só, com o meu nada. Mostro-me extremamente descuidada, ingrata, e distraída. Não estou me esforçando ultimamente por já ter tentado demais. O silêncio ainda me preocupa, mas agora eu não tento mudá-lo. Vi que o silêncio não incomoda alguns, me fez questionar o porquê e sabe minha conclusão? nenhuma. Minha fase de nada me domina. Pessoas me confundem, críticas se acumulam. Eu sei, sou sempre a culpada. Sou a distraída que magoa à todos e tem nada na cabeça. Nenhuma solução, apenas... nada.


"No hope, or love, or glory,
Happy ending's gone forever more
I feel as if I'm wasting,
And I've wasted every day"
Mika - Happy Endding

Beijos, Dani :*

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Não tenha medo Alice, siga em frente! [Parte 2]




Este mundo é seu Alice. Vê estes morangos? São como todos do seu mundo: Bonitos por fora, mas estão podres por dentro e ao pequeno toque, se desfazem. Não sou nenhum santo minha cara, eu vivo a vida como quero aqui no País das Maravilhas, longe da civilização alienada do lugarzinho de onde vens. Não passam de morangos. E eu não gosto de morangos. Eu olho pra voce e vejo uma criaturazinha tão frágil, sendo estragada no meio dos podres. Você não pode voltar Alice, vai ser como eles. Aqui você está feliz e vive livre, fez a escolha certa quando entrou portão adentro. Aqueles que você deixou pra trás vão ficar bem sem você, o mundo não gira ao seu redor minha pequena, você não precisa carregar todos às suas costas. São todos uns vermes... sem sonhos, sem vida. O nosso mundo só se abre à quem merece, você foi a única até hoje Alice. Eu sei que você quer ficar, estou vendo seus olhos implorando por um lugar por aqui. Mas você se importa com os morangos. Eu não posso fazer mais nada Alice. Te mostrei o caminho, te dei as opções e você escolheu estar aqui e eu lhe avisei que não poderia voltar. Feche seus olhos e siga em frente. É a melhor coisa que tem à fazer.

Beijos, Dani :*

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sinto que estou te perdendo. [Parte 2]




Sabe o que eu notei? Você está distante e cada vez mais distante de mim. Talvez por culpa minha, ou sua, ou de ambas as partes. Não é de hoje que venho percebendo isso, o caminho foi lento. Nossas idéias não batiam mais, meus assuntos não te interessavam, minhas piadas perderam a graça e começaram a ser tratadas com ignorância. Sabia que dói? Tentar te fazer sorrir e ganhar uma patada com isso. É... depois de tantas coisas acontecerem eu cheguei a desistir de você. Não me entenda mal, eu não te abandonei, apenas desisti de ficar repetindo as mesmas coisas em vão. Minhas palavras de apoio eram inúteis, meu ombro não serve mais pra te consolar e eu comecei a perceber que talvez voce não confiasse mais em mim. Sei que estou errada, sei que você confia e só quer me poupar dos seus problemas, mas não adianta. Acredite, não tente poupar as pessoas, eu sei como é, já tentei fazer isso. Você recusa meu abraço, quando ele é a única coisa que tenho à te oferecer. Não te faço mais sorrir, não sou mais seu apoio e isso dói. Não to sendo insensível, eu sei dos seus problemas, e o pior, tenho um ódio mortal de quem lhe causou tal dor. Mas o fato é que eu também tive problemas, eu também precisei de um colo e você não me ofereceu. Ingratidão a minha talvez, você também precisava de um colo mas não quis minha ajuda e eu... bom, eu precisei. Mas como pedir um colo, um apoio à quem se encontra distante e recusando MEU apoio? Eu sei que é dificil saber de tudo isso e acredite, , dói ter que fazer você perceber.
Eu tenho muito medo de te perder por esse motivo. Por causa da sua dor, que já fez você perder taaanta coisa! Eu quero seu sorriso de volta, quero nossas conversas de volta, o tempo que a gente se olhava e simplesmente sorria. Quando foi que isso se perdeu? Eu sei que não é fácil e eu não sou voce, eu não sinto sua dor...
Eu vou estar sempre ao seu lado, e eu quero muito a sua felicidade e me dói, ver que nada do que eu faça ou diga mude, nem por um único segundo, um instante...
Eu errei muito com você, tenho noção disso, mas não foi por querer, eu me importo. Você sabe que sim. Mas agora eu não queria que outras pessoas fossem culpadas por algo que vem acontecendo à algum tempo.
Eu estou tentando, me empenhando da maneira que posso, ainda estarei lhe oferecendo o meu abraço. Me ajude à recuperar, o que de alguma forma se perdeu, porque empenho só de um lado, uma hora, cansa e eu não quero desistir. Eu te amo, e nunca vou te abandonar.

Beijos, Dani :*

sábado, 6 de agosto de 2011

O que você pede quando um cílio cai?



Um cilio dele cai:

_ Faz um pedido! - ela diz animadamente.
Eles juntam seus polegares. Ela fixa seus olhos nos dele e deseja: "Eu quero você! Eu quero poder acordar todos os dias com você ao meu lado, me dar boa noite e bom dia, quero ser feliz com você, passar por todos os obstáculos - que não são poucos - , te amar cada dia mais, ver que...
Ele interrompe, fazendo um movimento tentando puxar o dedo. Ela não deixa:
_ Calma que eu não fiz meu pedido ainda!
Ela continua:
... Ver que minha felicidade sempre esteve ao meu lado e irá permanecer assim durante toda a minha vida. É isso que eu quero. Tê-lo pra mim.
Ele sorri, como se lesse seus pensamentos.
_ Pronto! Já fiz meu pedido. 
Eles soltam suas mãos e como se o destino quisesse assim, o cilio fica no dedo dela. Seu pedido, se assim for, irá se concretizar. Pelo menos, ela acredita e isso basta!


Beijos, Dani :*

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roses, Letters and a ring.




Jogo Limpo. Todas as incertezas e duvidas esclarecidas, talvez. Posso respirar agora, sinto um alivio. É como se eu precisasse libertar tudo aquilo. Tais palavras surgiram tão repentinamente, em um momento tão inoportuno... mas, necessárias. Só Deus sabe o quão necessárias elas eram. Palavras não ditas sempre machucam, e eu sempre me culpei por não ter dito nem metade do que deveria dizer. Não deveria ter acontecido do jeito que foi, e foi dificil, muito dificil seguir adiante. Ainda guardo todas as lembranças, literalmente. Não sou o tipo de pessoa que sai por aí queimando as coisas e acha que assim vai conseguir esquecer tudo que passou. Não sou fútil à esse ponto. Não vou esquecer mesmo, então fico com as lembranças. E confesso, de algumas eu até gosto, outras me entristecem por não fazerem mais sentido algum, outras eu nem me lembrava mais. Assim são as minhas lembranças... Ainda tenho cada coisinha ganhada. O perfume no papel da carta ainda não saiu e a marca da lágrima borrando as palavras escritas também não... aumentei esses borrões com o tempo a cada vez que lia... Sabe aquele DVD com aquelas fotos idiotas de voce me pertubando sem parar, eu caindo, ridiculas? ainda tenho. Aquela rosa com um chocolate no meio que demorei dias pra comer? ainda tenho. Aquele bilhetinho da escola, com poucas palavras mas que fizeram muita diferença? ainda tenho. Aquelas inumeras cartinhas com pedido de ajuda e implorando por conselhos? ainda tenho. Aquela carta gigante de metros e metros, que mais parecem cartas de fãs? eu ainda tenho. Aquele ingresso de cinema na primeira vez que saimos juntos? ainda tenho... Cada uma delas fizeram quem eu sou hoje. E apesar de doerem fico feliz por tê-las comigo. Muitos arrependimentos, muitos caminhos percorridos, inumeros obstáulos... Mas sempre prossegui, com a esperança de tudo dar certo no final. Hoje não sou a mesma de alguns anos atras, ou meses e até dias... A cada dia me renovo e construo novas idéias e conceitos. E saio por aí, guardando minhas lembranças naquela caixa vermelha embaixo da minha cama. São rosas, palavras e um anel que fizeram o meu passado e dele, não me arrependo... 

Beijos, Dani :*

domingo, 31 de julho de 2011

Eles ainda...

Ele ainda estava ao lado dela,
Ela ainda o via.
Ele ainda a abraçava,
Ela ainda o sentia.
Ele ainda fazia graça, 
Ela ainda sorria.
Ele ainda a amava, 
Ela ainda sabia.
Ele ainda dizia o que pensava,
Ela ainda escondia.

Daniela Siqueira :*

sexta-feira, 29 de julho de 2011

29/07/2011 - Atropelamento

Hoje eu acordei sem vontade nenhuma de ir pra escola. O dia anterioreu explodi na escola. Chorei, tudo que tinha pra chorar dentro da sala de aula, preocupei alguns, inventei uma desculpa qualquer e coloquei meu sorriso no rosto, tanto é que tem gente que nem percebeu, fui dormir com lágrimas nos olhos pensando no quanto eu machuco as pessoas e como seria a vida delas sem mim, no quanto eu tento fazer as coisas da maneira certa e acabo não conseguindo, no quanto eu sinto falta de algumas pessoas que nem sequer lembram que existo, pensando no quanto as coisas de repente mudaram na minha vida, em quantas pessoas passaram por ela e quantas ainda permanecem... Acordei. Prova na primeira aula e eu nem sequer estudei. Iria a pé pra escola, mas tava com pressa e fui de ônibus. Olhei pro céu e vi o quanto o dia amanheceu lindo hoje, realmente.. Fui pensando em desenhar algo quando chegasse em casa. Queria logo ir embora. Fiz horrivelmente a prova, certeza que tirei vermelha. Mais uma pra coleção de vermelhas desse trimestre. Esses meses eu realmente nem liguei pra escola, tava sem cabeça pra isso. E o engraçado é que eu implorava por férias, mas quando chegaram eu senti falta das pessoas de lá. Notei, que minhas manhãs são completas com os meus meninos, que ficam ali do meu lado mesmo que só 20 minutos por dia na hora so intervalo mas que ja basta pra me fazer sorrir. Hoje mesmo, eu tava mal por causa da prova e pensando nas coisas das ultimas semanas e nessa noite mal dormida totalmente focada nos meus problemas. Até sonhei com um EX amigo meu, se é que posso chamar assim. Não me ajudou muito. Mas o fato é que mesmo eu não estando bem, eles ali me consolavam, mesmo não sabendo. Pergutaram "o que foi?" "Nada" , sorriso no rosto. Não gosto de ficar preocupando as pessoas, eu vou dar um jeito e pronto. Egoismo ou não, já nao basta o que eu faço sempre e machuco, falando dos meus problemas só pioraria as coisas. Não abrigada, dispenso! Saída da escola. Passo quase uma hora comendo, risadas, zoeiras... saimos. Me despedi deles, queria um abraço forte de cada um, mas levei pra brincadeira porque.. sei lá porque, não queria preocupá-los. Fui com mais dois amigos até a biblioteca buscar um livro que o meu professor de teatro pediu. Não achei. Minha amiga quis ir embora de ônibus. Me despedi, fiz piada "Como se eu não fosse te ver depois". Fui com meu amigo à caminho de casa. Recebo a ligação de outra amiga. Ela me liga apenas pra contar uma piada, menos de uma semana que nos vimos e ja tenho saudade. Rio feito uma idiota, marcamos de nos ver. Me despeço. Assuntos aleatórios com meu amigo no caminho. dois segundos depois um barulho forte, tipo batida de carro, uma coisinha voa super longe. Olhei. "Um espelhinho de carr.. um tênis?", olho pro lado, uma garota deitada no meio da rua. Sua perna toda rasgada e ela não se mexia. sangue. Fico em choque. Fecho os olhos. começo a entrar em desespero e choro. Meu amigo, tentando me acalmar me fala pra continuar andando. Fico pensando: Não posso ignorar, a menina tah no meio da rua! Olho de novo, um cara do lado dela. Acidente de moto. Garota do ITB. provavelmnete estava indo pra escola. A garota que estava com ela, amiga pelo jeito, começa a gritar. Meu amigo me abraça, choro. Minhas pernas tremem. Paro. Digo que quero esperar a ambulancia chegar. Assisto de longe porque não posso ver sangue. Pessoas se juntam ao redor. Transito. Chega a policia. Os soldados do quartel em frente descem pra ajudar. E eu ali. Olhando. Fico pensando que talvez a garota estivesse com pressa, foi atravessar a rua correndo, talvez até tivesse prova na primeira aula...poderia ter sido eu. Poderia ter sido eu... e se fosse? E se fosse eu ali? alguem conhecido? alguem que eu amo? Em um segundo tudo aconteceu. Rápido. E a vida dessa garota? 
Poderia ter sido eu... com pressa, pensando coisas ruins o dia toodo, pensando em coisas ruins. E se fosse eu? Eu passei a noite pensando em como seria eu não estar mais na vida de algumas pessoas. E se fosse eu ali? Memórias vieram a minha cabeça. Pessoas. Lembranças e mais lembranças. Agradeci à Deus. Agradeci por estar viva. Agradeci por não ter sido eu. 
Ambulância chega. Fico mais tranquila, vejo que a menina mexe o braço." Já posso ir embora." Essa garota não é minha conhecida, nunca à vi. Mas me dói da mesma forma. A amiga dela ali, com ela.. Espero que ela esteja bem. Segunda-feira talvez a noticia se espalhe e eu descubra quem é. Vou orar por ela.
Continuei caminhando com meu amigo, comentando que não é a primeira vez que presencio um acidente.  Ele tenta me distrair contando historias de como era nerd na escola, eu falo que também era, uns sorrisos, tentando esquecer o que tinha acabado de acontecer.
Ele me trouxe até a porta de casa e foi embora. Cheguei, minha mãe brigando falando que demorei. Contei o que tinha acontecido. Não recebi palavras tão animadoras e me senti um pouco pior. Precisava conversar com alguem. Liguei pra quem veio em minha mente primeiro. sei lá.. senti de ligar. E estou aqui, conversando sobre o que aconteceu e percebendo que certas coisas acontecem pra nos "alertar" ou até mesmo, impedir que certas coisas aconteçam. Só fiquei um pouco impressionada com tudo isso e justamente QUANDO tudo aconteceu. Essa noite não vou ficar me martirizando. Vou agradecer por ainda estar aqui, ainda ver a minha amiga que me despedi na escola e eu poderia não ve-la mais realmente, ainda ir pra escola e ver que são as pessoas que dão sentido àquele lugar, ainda estar aqui pra estar ao lado daqueles que amo... 

História verídica, acontecida hoje.
                                                                                                                               Beijos, Dani :*

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O que há com você?


O que há por trás deste olhar?
É vazio, tal como tuas palavras;
É frio, tal como teu coração;
É incerto, tal como teu caminhar.

O que há por trás deste sorriso?
É falso, tal como teus sentimentos;
É calculista, tal como teus atos;
É em vão, tal como teu sacrificio.

O que há por trás de ti, menina?
Tu que és tão incerta e decidida;
Tu que és tão alegre e melancólica.
Esta é tua vida, esta é sua sina...

Daniela Siqueira :*

domingo, 3 de julho de 2011

A Dona da História




Carolina/Carolina
_Tah e o que que vai acontecer comigo nesses anos todos?
_ nesses anos todos? voce vai casar com o Luis Cláudio. Voces vão ter quatro filhos, dois meninos e duas meninas: Claudinho Luis, Luis Claúdinho, Claudinha Luiza e a luiza claudia.
_Adorei! E o que mais heim?
_ mais? ce queria mais né? voce queria o que?
_ eu não vou me tornar uma atriz famosa?
_ não, esquece isso -risos
_ a minha vida não vai ser como a historia de um filme?
_ Não, não, não era filme.. era a vida! Vida , normal, vida. O filme sai pulando as partes chatas e só exibe os melhores momentos e acaba quando acha bom acabar... A vida continua depois do final da sessão.
_ E o Luis Cláudio?
_ vai pra Cuba. Sozinho...
_ sem mim?
_ é eu mandei ele ir..
_ ah não. voce não fez isso comigo, voce não mandou embora o grande amor da sua vida!
_ O grande amor da minha vida? não é coincidencia demais com tantos homens no mundo, o grande amor da minha vida ser um cara que ia à praia justo em frente à minha rua? não é coincidencia demais o grande amor da minha vida ter aparecido justo na minha vida?
_ e isso? isso que eu to sentindo aqui agora que é tão bom , que é tão ruim e que pega aqui, o que eu vou fazer com isso? o que começou naquele exato momento em que eu vi o Luis Cláudio e que tá assim até agora, vai passar? ja passou pra voce? Isso lá é coisa que passe assim de repente?!
_ passa!
_ comigo não vai ser assim...
_ comigo não foi diferente e com voce também nao vai ser.
_ eu vou mudar tudo!
_ voce não pode mudar nada, o que aconteceu ta acontecido!
_ eu mudo!
_ e como eu era burra quando eu tinha a sua idade...
_ funciona assim: eu me imagino daqui a trinta anos toda molhada de chuveiro e laminada (?) e me lembrando daquela garota que arriscou tudo no amor errado...
_ ai, agora chega de lembrança vou pensar em outra coisa..
_ e pode esquecer tudo que aconteceu nos ultimos trinta anos, eu vou procurar outros amores até encontrar o verdadeiro. um amor que não acabe nem com todo o tempo do mundo. eu vou mudar a minha vida será que voce não entendeu ainda? ai meu Deus como eu vou ser burra quando tiver a sua idade!
_ah ela quer mudar tudo!
_ até que enfim!
_ ela quer mudar o rumo dos acontecimentos.
_ eu nao quero isso pra mim, esse final triste, comigo vai ser diferente sim!
_ eu digo como é que foi e voce faz o que eu disser!
_ eu faço o que eu quiser e voce diz como é que foi! eu vou viver outra vida, eu vou fazer completamente diferente do que voce fez. [...] desculpa, mas nao é assim a historia que eu quero contar daqui à trinta anos, adeus!
[...]

Tudo bem mocinha? e com a sua vidinha, tudo bem também? Você é a mocinha da historia não é? mais que porra de historia é essa que voce pensa que quer fazer com a merda da sua vida? com quem será... com quem será que a mocinha vai casar? vê filme americano e acha que será assim né? a sua historia nunca vai sair disso sabe porque mocinha? porque voce é só isso! e é só esse o seu conflito. é isso que voce é mocinha: personagem inutil de uma historia que ninguem jamais sonharia em escrever.
[...]

Carolina e Luis Cláudio - Passado

_ Isso aqui é seu. eu tinha comprado pra voce. é seu!
_ eu nao quero..
_ shiiiii... não se devolve presente.
_ eu não quero.
_ aceita! nem que seja pra dizer "aceito. o que me custa aceitar, não tem importancia, nao gosto dele mesmo". hã? então diz... diz: eu não te amo. diz. e aceita. depois ce faz o que voce quiser com isso. derrete, manda fazer um pingente, sei lá, atira pra iemanja.. perde.. mas aceita. em troca, eu só quero um beijo.
_ eu não posso.
_ é minha ultima cena. minha cena de despedida.. voce me beija eu vou embora e saio do seu filme pra sempre..
_se eu beijar voce agora, eu vou querer beijar muito mais... a vida inteira. Eu vou querer casar com voce, pra beijar voce toda noite, até toda noite virar uma noite ou outra. até uma noite e outra virar de vez em quando. até de vez em quando virar nunca mais. até esse amor, que agora é tão grande, nem se lembre mais de como era no passado. eu não posso. eu não posso ficar com voce. eu não quero gastar esse amor. eu quero lembrar dele assim, pra sempre... do jeito que a gente tah sentindo ele agora.
_ nada vai mudar!
_ Não depende da gente.. é o tempo.
_ que tempo é esse capaz de mandar no meu amor? não existe isso! tá pra nascer nesse espaço de tempo oque vai me impedir de enxergar o que eu vejo, desejar o que eu quero, e amar o que eu sinto. o sinal desse tempo é Deus? vai fazer outro de mim? Deus de que tamanho? vinte seculos? dez milênios?
_  trinta anos.
_ quase nada [...] Eu espero! tá? só pra provar pra voce que amor como esse não se mede por fita métrica, muito menos por calendário [...]

"você trocaria tudo isso pelo amor da sua vida?"

_ eu aceito!
_ o anel?
_ O anel, o ninho, os passarinhos, a historia que a gente inventar... a vida que a gente tiver que viver. Ah e eu também quero ver o que essa cuba tem de tão bom.


[/Filme: A Dona da História]