terça-feira, 6 de setembro de 2011

Posso anotar o seu pedido?



Num mundo onde a vida é descartável, eu sonho em coisas eternas. Talvez eu ainda seja jovem e inocente ao ponto de não acreditar que tudo tenha um fim. Por mais que a vida cada dia mais tenha me mostrado isso - com uma frenquencia maior, admito - eu ainda estou longe de enxergar tal verdade. Meus olhos ainda tem esperança. Eles enxergam o que querem ver. 

Pessoas estão partindo à todo instante. Quem eu achava que se importava mostra-se indiferente. Pessoas não aceitam a verdade, simples assim. Marcam sua vida e partem. Deve ser esse o ciclo deste mundo. Sem nenhuma filosofia, sem nenhuma música ao fundo, e muito menos despedidas... só partem, como se fosse um fast-food de sentimentos inúteis que nos rodeiam. Não. Não quero acreditar nisso, eu me nego. Devo ser uma peça de quebra-cabeças sem nenhum encaixe. Meus pensamentos são tão distintos assim do resto das pessoas? Ser assim, incompreendida... até quando? 

"Com o tempo você aprende que tudo muda". Talvez na época da minha mãe, foi assim mesmo. Talvez a vida dela tenha sido assim. Não quer dizer que a minha também seja, certo? Tola. Ela sabe do que fala. Eu que tampo os meus ouvidos, fecho meus olhos e saio correndo pelo escuro. Vou negando... talvez seja isso que faz com que eu sofra tanto com cada perda. Perdi quem eu mais amava por motivos fúteis, isso me fez me apegar mais às pessoas à ponto de não suportar a dor da partida. Mudar isso em mim... talvez... seja preciso. 

Com o tempo eu aprendo... Esse "tempo" que nunca vem. Que merd* de tempo é esse? Seria bem mais fácil dizerem "Quando tal coisa acontecer, voce vai saber" e não "com o tempo você aprende". William Shakespeare que me perdoe, mas eu não acho que tempo seja a incógnita dos nossos aprendizados, mas sim, fatos. A vida cobra isso, não o tempo. O tempo só passa, não faz mais nada.
Acho que quando eu digo "por favor, não me deixe, não se afaste de mim", as pessoas acham que é figura de linguagem. Talvez não saibam decifrar tais palavras que para elas, soam tão desnecessárias. E assim eu continuo negando... e a vida joga na minha cara o quanto estou errada com relação ao que é eterno. Eu sempre vou negar, não adianta. Saber que as pessoas partem é uma coisa, ter esperança de que as coisas que você ama, sejam esternas é outra. Eu ainda tenho esperança, esse é o problema. Preciso viver mais nesse mundo descartável. Preciso esquecer aqueles que me esqueceram antes e não ficar criando pretextos para tentar trazê-los de volta à minha vida. Esquecer datas, esquecer imagens, fotos, músicas, frases... tudo. Fast-food é assim. Você se sacia e joga fora depois. 




Beijos, Dani :*

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